A Coleta no Brasil

Lixo: reponsabilidade de todos

Brasil está entre os 10 maiores produtores de resíduos sólidos em todo o mundo

O lixo é um problema ambiental de ordem mundial. Em praticamente todos as nossas atividades, das mais simples até as mais complexas, são gerados subprodutos que podem poluir o meio, ocupar espaço nos aterros sanitários, gerar focos de doenças e uma série de outros problemas que nos afetam diretamente.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) o lixo coletado no Brasil, em 2010, alcançou a taxa média de 306 kg/hab/ano, ou seja, em todo o país são produzidos 160 mil toneladas de lixo por dia.

Estes números colocam o Brasil entre os 10 maiores produtores de lixo do mundo, o que gera um gasto de cerca de quatro bilhões de reais por ano. Assim, a coleta e destinação correta de lixo é indispensável para boa manutenção da saúde e da qualidade de vida em nosso país.

Dentro deste contexto, todas as camadas da sociedade, incluindo o poder público, a iniciativa privada e cada cidadão, têm responsabilidade conjunta sobre a destinação sustentável e correta de seus resíduos, visando a minimização dos impactos ambientais de suas atividades e a preservação da qualidade de vida no planeta.

Entretanto, a situação ainda está bem longe de parâmetros ideais. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) cerca de 98% dos domicílios das zonas urbanas têm serviço de coleta de lixo. Já na na zona rural, apenas 23% dos domicílios são atendidos.

 

A Coleta no Brasil

Os serviços de manejo dos resíduos sólidos compreendem a coleta, a limpeza pública, bem como a destinação final desses resíduos, e exercem um forte impacto no orçamento das administrações municipais.

A coleta diária é a mais usual na maior parte dos municípios brasileiros: 40,2%, segundo Atlas de Saneamento, 2008 – IBGE.

Já os municípios que não fazem coleta domiciliar são minoria no País, representando apenas 6,4% do total. Das regiões brasileiras, a Nordeste é a que apresenta o maior percentual de municípios que não realizam coleta domiciliar, 12,6%, seguida da Região Sul com 9,0%.

Segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil (Abrelpe – 2012) os recursos aplicados pelos municípios em 2012 para fazer frente a todos os serviços de limpeza urbana no Brasil foram, em média, de apenas R$ 11,00 por habitante por mês.

 

Destinação do Lixo no Brasil

Segundo dados do Atlas do Saneamento Básico – 2011, publicado pelo IGBE, embora grande parte dos municípios brasileiros disponha do serviço de coleta de lixo, pouco mais da metade (50,8%) o destina para vazadouros a céu aberto (lixões).

Ao analisar este indicador por estrato populacional, mais da metade dos municípios pequenos destinavam seus resíduos para lixões (52% dos municípios com até 20 mil habitantes, 53% dos municípios entre 21 e 100 mil habitantes). Trata-se de um grande desafio a ser enfrentado, pois a disposição inadequada do lixo pode causar poluição das águas e do solo, bem como problemas de saúde, sobretudo para os catadores de lixo.

Uma das soluções mais viáveis para reduzir o volume de lixo produzido, e, consequentemente, a disposição inadequada dos resíduos sólidos, é a coleta seletiva do lixo. Esta vem se expandindo no País, tendo passado de 8,2% dos municípios, em 2000, para 17,9%, em 2008, sobretudo nos estados das Regiões Sul e Sudeste. O percentual ainda é baixo, sendo que entre os que realizam a coleta seletiva, apenas 38% a fazem em todo o município. A coleta seletiva contribui para diminuir a quantidade de resíduos disposta em aterros sanitários e outros destinos, gera empregos, melhora a condição de trabalho dos catadores de lixo, permite a reciclagem e, com isso, economiza energia e recursos naturais.

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No Brasil, são geradas, aproximadamente,  aproximadamente, 201.054 toneladas de lixo por dia, dos quais:
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